domingo, 21 de outubro de 2018

Apol 2: RI Elites do Poder e teoria RI


Todas certas...

Questão 1/5 - Elites e Poder
Leia o texto abaixo e depois responda à questão:
“Qualquer autor que se proponha a discutir a existência de uma "elite dirigente" terá que, num determinando momento, enfrentar a necessidade de tratar da outra face desse grupo, isto é, o "grupo dirigido" ou a massa. Para Wright Mills, a sociedade americana de meados do século XX deixou de ser uma "sociedade de públicos" para se tornar uma "sociedade de massas". 

Fonte: PERISSINOTTO, R. M.; COSTA, L. D.; MASSIMO, L. As Elites Políticas: questões de teoria e método. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2018 (Capítulo 4). Pag 121
Tendo como base a contextualização acima, sobre a ideia de público abordada por Wright Mills, analise as afirmativas abaixo e marque V para verdadeiro ou F para falso:
I. Um público é formado por um conjunto de indivíduos com capacidade para participar de uma discussão de maneira independente e voluntária, emitindo, portanto, uma opinião também independente e voluntária.
II. Somente numa sociedade formada por vários públicos é que pode surgir efetivamente aquilo que se convencionou chamar de "opinião pública".
III. Um público é a resultante de um amplo debate democrático, em que várias opiniões, formadas democraticamente no interior de cada público, enfrentam-se abertamente, todas com direito de réplica.
IV. Em uma sociedade de públicos, há pouquíssimos oradores para uma infinidade de ouvintes, quase todos falam, mas poucos ouvem. Enfim, trata-se de uma situação em que os meios de comunicação controlam a formação e difusão da opinião pública.
A
V, F, V, V
B
V, V, F, F
C
V, V, V, F
D
F, V, F, V
E
F, F, V, V

Questão 2/5 - Elites e Poder
Leia o texto abaixo e depois responda à questão:
“Segundo Heloísa Fernandes, Charles Wright Mills foi sempre um sociólogo preocupado com os "sem-poder", atento ao problema da dominação política, da democracia e dos pequenos proprietários. Influenciado pelo pragmatismo filosófico de John Dewey, para o sociólogo norte-americano, a atividade intelectual só poderia existir enquanto atividade crítica voltada para a aplicação prática. Assim, para ele, era fundamental forjar uma sociologia que colocasse a verdade a serviço dos dominados. Por essa razão, Wright Mills defendia uma "política da verdade" contra a mentira dos poderosos e dos meios de comunicação”.
Fonte: PERISSINOTTO, R. M.; COSTA, L., D; MASSIMO, L. As Elites Políticas: questões de teoria e método. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2018 (Capítulo 4).
Levando em consideração a contextualização acima, analise os enunciados abaixo e responda a seguinte questão: qual concepção de democracia corresponde com a de Wright Mills?
A
Mills clamava pela participação política do cidadão médio, pela
participação do homem comum nas decisões políticas. Para ele, quanto
mais democracia menos autoritarismo por parte dos poderosos.
B
Mills defendia uma democracia baseada num autogoverno das massas.
A partir da formação de comitês comunitários capazes de registrar em ata
a opinião de todos os membros de uma determinada comunidade.
C
Mills caracterizava a democracia como um regime político desviante onde
muitos governam. Para ele, as sociedades deveriam evitar esse modelo
por conta da eloquência das massas.
D
Mills descreve a democracia como sendo essencialmente constituída
por relações estratégicas e racionais, fruto de um cálculo de custos
e benefícios feito por atores políticos em conflito.

E
Mills compreende a democracia como um método, um meio que
possibilita o alcance de determinado fim - a tomada de decisões políticas,
legislativas e administrativas, por parte dos líderes eleitos pelo povo.


Questão 3/5 - Teoria das Relações Internacionais 
Leia o trecho a seguir: “A proposta teórico-metodológica da abordagem do sistema-mundo é realizar uma análise crítica das conflituosas relações centro-periferia criadas pela expansão mundial do capitalismo. Existe, no interior desta abordagem, um acúmulo de aspectos problemáticos. Uma delas se relaciona com a questão de se a conformação de um sistema-mundo é um efeito específico do processo de acumulação e reprodução ampliada capitalista, e, portanto está unido ao processo específico da expansão colonial (posição de Wallerstein e Amin), o que implica que o capitalismo representa uma ruptura radical com qualquer outro sistema aproximadamente “mundial” anterior, mas também significa que o processo de globalização é uma continuidade sob novas formas desse processo colonial. Ou, por outro lado, a posição sustentada por André Gunder Frank e Gilles, de que não existe ruptura e o sistema mundo capitalista é meramente o último momento do longo processo de conformação de um sistema mundial que tem expandido seus limites geográficos, mas sem modificar a sua essência”.

Fonte: AMADEO, Javier; ROJAS, Gonzalo. Marxismo, Pós-Colonialidade e Teoria do Sistema-Mundo. Lutas Sociais, São Paulo, n.25/26, p.29-43, 2º sem. de 2010 e 1º sem. de 2011. Citação retirada da página 33. Disponível em: <http://www4.pucsp.br/neils/downloads/Vol.2526/javier-amadeo-e-gonzalo-rojas.pdf>. Acesso em: 02 out. 2018.
Considerando o trecho acima e os conteúdos trabalhados durante a disciplina Teoria das Relações Internacionais, assinale a alternativa que indique corretamente os dois principais autores da Teoria do Sistema Mundo e as suas respectivas contribuições:
A
Kenneth Waltz, que desenvolveu a sua teoria sobre o sistema
internacional, e, Robert Keohane que discorreu sobre a interdependências
complexa mundial.
B
Robert Cox fixou os conceitos de teoria sistêmica e Robert Muggah
contribuiu com a ideia de distribuição de capacidades.
C
Immanuel Wallesrtein desenvolveu a sua tese entorno dos conceitos
de centro, semiperiferia e periferia e Giovanni Arrighi entorno da ideia
de ciclos de acumulação capitalista.
D
Enzo Faletto cunhou os conceitos de centro e periferia e Fernando
Henrique Cardoso desenvolveu a ideia de ciclos de dependência.
E
Celso Furtado escreveu sobre a deterioração dos termos de troca
e Ruy Mauro Marini sobre a inserção dependente no sistema-mundo.

Questão 4/5 - Elites e Poder
Leia o texto abaixo e depois responda à questão:
“Wright Mills inicia suas considerações afirmando que a sociedade americana sempre foi marcada por um alto grau de mobilidade social. Nessas condições é difícil a constituição de uma classe superior baseada na tradição familiar. Por isso, na sociedade americana, as "velhas famílias" não conseguem assegurar o seu poder com base na tradição e estão sempre envolvidas em relações conflituosas com os "novos-ricos", que ascendem economicamente e se aproximam das velhas famílias. No entanto, se há essa diferença entre as famílias mais velhas da sociedade americana e as mais novas, é preciso dizer que elas tendem a se mesclar e a formar uma unidade, para a qual o sistema educacional cumpre papel importantíssimo, socializando seus membros nos mesmos valores e unificando a classe”.
Fonte: PERISSINOTTO, R. M.; COSTA, L., D; MASSIMO, L. As Elites Políticas: questões de teoria e método. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2018 (Capítulo 4).
Com base nos seus conhecimentos sobre “A Elite do Poder” de Wright Mills, analise os enunciados abaixo e responda a seguinte questão: quais as três ordens institucionais que constituem a base da elite americana, identificadas pelo autor?
A
Estado, Forças Armadas e grandes companhias.
B
Estado, Forças Armadas e grandes proprietários de terra.
C
Estado, sociedade civil e partidos políticos.
D
Estado, sociedade civil e imprensa.
E
Estado, movimentos sociais e igreja.

Questão 5/5 - Teoria das Relações Internacionais
Leia o trecho a seguir: “teoria da dependência ocupa espaço de relevância no debate acadêmico brasileiro, latino-americano e mundial desde sua formulação, há quase meio século. Nas duas últimas décadas, é notável no meio universitário o resgate e a divulgação de obras de seus principais autores, como Ruy Mauro Marini, Theotônio dos Santos, Vânia Bambirra e Andre Gunder Frank. Tal retomada da teoria da dependência abre um novo marco de reconsideração e interpretação de seus principais elementos teóricos e analíticos para o estudo do desenvolvimento capitalista. Veem-se cada vez mais trabalhos de conclusão de cursos de graduação, dissertações de mestrado, teses de doutorado, artigos e livros assumirem proposições teóricas da dependência como elementos de base para a análise sociológica contemporânea”.

Fonte: ROSSO, Sadi Dal; SEABRA, Raphael Lana. A teoria marxista da dependência: papel e lugar das ciências sociais da Universidade de Brasília. Revista Sociedade e Estado – Volume 31, Número Especial Sociedade e Estado 30 anos – 1986-2016. Citação retirada da página 1029. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/se/v31nspe/0102-6992-se-31-spe-01029.pdf>. Acesso em: 01 out. 2018.
Considerando o trecho acima e os conteúdos trabalhados durante a disciplina Teoria das Relações Internacionais sobre a teoria da dependência avalie as afirmações abaixo:
I. A teoria da dependência surgiu para corroborar com a forma dependente pela qual o capitalismo se manifestava na América Latina e atribui a culpa pela situação de dependência apenas ao centro do capitalismo mundial.
II. Podem ser destacadas duas abordagens diferentes para a teoria da dependência: a vertente marxista ortodoxa de Andre Gunder Frank e a corrente estruturalista weberiana de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto.
III. O sociólogo Ruy Mauro Marini foi, entre os autores da dependência, se mostrava mais favorável a um caminho revolucionário para que os países latino-americanos superarem a dependência.

Agora marque a alternativa que contenha apenas as afirmações corretas:
A
Estão corretas apenas as afirmações I e II
B
Está correta apenas a afirmação II
C
Estão corretas apenas as afirmações I e III
D
Estão corretas as afirmações I, II e III
E
Estão corretas apenas as afirmações II e III

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