“ENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”, INGREDIENTE PARA
DESCONSTRUIR O CONCEITO DE “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”
Oscilange de Lúcia
Campos PERINI
UNINTER
Precisamos
urgentemente de “envolvimento sustentável” para não sermos enganados pelo
conceito “desenvolvimento sustentável”. O termo “sustentabilidade” surgiu em
1987 em substituição ao conceito de “ecodesenvolvimento” de Sachs, cuidado isso
foi uma manobra! Voltando ao nosso assunto: O que vem a ser “sustentabilidade”?
“a capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”.
Para os desatentos parece um conceito bacana. Será? E o “desenvolvimento” o que é? De acordo
com o dicionário significa progresso, avanço, prosperidade, promoção, evolução.
Conforme o Relatório Brundtland de 1987: “desenvolvimento sustentável” supõe
atender ao mesmo tempo os interesses ECOLÓGICO, SOCIAL e ECONÔMICO, essa conta
fecha? Parece que não... Estarei sem a pretensão de querer esgotar o assunto, desvendando
o conceito de sustentabilidade e alertando sobre questões relacionadas à
necessidade de consumo consciente da água e o que penso a respeito dos créditos
de carbono e assim fechar o assunto por hoje.
Vamos por partes no
conceito de sustentabilidade:
a) O sistema tem capacidade para satisfazer hoje todas as
necessidades humanas? Depende do entendimento do que vem a ser “necessidade”. Se
necessidade for consumir o necessário para que o cidadão viva bem, com conforto
e sem excessos e que aqueles que possuam riquezas de forma quase surreal também
se comprometam a serem comedidos no consumo. A resposta é um sonoro e gigante
SIM.
b) Como vivemos a era do individualismo e do consumo
exagerado então infelizmente NÃO temos como satisfazer todas as necessidades
dos indivíduos, haja vista que alguns poucos privilegiados não querem abrir mão
de exageros em beneficio do bem comum.
c) O desenvolvimento tecnológico possibilitou o aumento da
capacidade de produzir mercadorias, energias, dentre outras facilidades de
forma transnacional, porém com um alto custo para grande parte da sociedade e
para o meio ambiente, o que presenciamos é um desenvolvimento “insustentável”.
d) Não há percepção
de compromisso por parte das grandes corporações e dos governos nem com as
gerações “presentes” que dirá com as gerações “futuras”. São empresas burlando
regras e ou leis ambientais (Casos como o da Volkswagen e de Mariana), com a ajuda
de sistemas “inteligentes” e de funcionários públicos e políticos.
Estamos ferrados!!!!!
“Nem” precisamos esmiuçar o significado de desenvolvimento para deduzir que “desenvolvimento”
nesse contexto não combina com “sustentável”... Estamos perdidos, como
encontrar a saída desse beco?
Urgentemente
precisamos de “ENVOLVIMENTO”. Com o objetivo de desconstruir o discurso
habilmente construído pelos detentores do capital financeiro e amplamente
divulgado por boa parte da mídia comprada e sacramentada pelos nossos governos (quer
sejam eles de direita ou de esquerda) com a intenção de nos enganar. Convido a
todos os leitores a se “envolver”.
Para terminar o
artigo cito 2 exemplos de discursos que precisamos descontruir e atitudes que
precisaremos incorporar para tentar alterar o curso dos acontecimentos: o
primeiro diz respeito ao consumo de água que o governo exige do cidadão comum
que ele economize água, pois afinal somos “gastões” e nem um mísero discurso a
respeito dos “vilões” no consumo da mesma, a saber, a agricultura responsável
por consumir 70% da água, outros 20% são consumidos pelas empresas e governos e
pasmem apenas 10% do consumo é gasto pela sociedade, todos podem ajudar, é
certo que desperdiçamos água, mas estamos longe de ser o Curinga da historinha
do Batman. Temos outro problema colocado à nossa revelia e que pouco nos
importamos a saber: os famosos “créditos de carbono” – são certificados
emitidos para uma pessoa ou empresa que comprovadamente reduziu a emissão de
gases de efeito estufa mais conhecidos como GEE – e eureca esses certificados
podem ser negociados no mercado internacional e os países ricos ou em
desenvolvimento podem comprar e vender uma permissão para emitir o GEE, no meu
entendimento é o grande capital ditando as regras e se beneficiando com as
emissões, pois a produção de bens materiais vem sendo transferida para os
países periféricos que por conta das regras vão precisar comprar créditos de
carbono para poderem poluir o meio ambiente de maneira legalizada, os países
pobres vão pagar para produzir as mercadorias nas empresas transnacionais
transferidas para os países subdesenvolvidos.
Salve a internet e as
redes sociais que realmente democratizaram a comunicação e aqui estou a dar os
meus “pitacos” \o/.
Um comentário:
por favor alguém já respondeu as questões da atividade praticas formativas interdiciplinares 2, webquest 2 ?
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