sábado, 30 de julho de 2016

“ENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”, INGREDIENTE PARA DESCONSTRUIR O CONCEITO DE “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”



 “ENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”, INGREDIENTE PARA DESCONSTRUIR O CONCEITO DE “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”

Oscilange de Lúcia Campos PERINI
UNINTER

Precisamos urgentemente de “envolvimento sustentável” para não sermos enganados pelo conceito “desenvolvimento sustentável”. O termo “sustentabilidade” surgiu em 1987 em substituição ao conceito de “ecodesenvolvimento” de Sachs, cuidado isso foi uma manobra! Voltando ao nosso assunto: O que vem a ser “sustentabilidade”? “a capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”. Para os desatentos parece um conceito bacana.  Será? E o “desenvolvimento” o que é? De acordo com o dicionário significa progresso, avanço, prosperidade, promoção, evolução. Conforme o Relatório Brundtland de 1987: “desenvolvimento sustentável” supõe atender ao mesmo tempo os interesses ECOLÓGICO, SOCIAL e ECONÔMICO, essa conta fecha? Parece que não... Estarei sem a pretensão de querer esgotar o assunto, desvendando o conceito de sustentabilidade e alertando sobre questões relacionadas à necessidade de consumo consciente da água e o que penso a respeito dos créditos de carbono e assim fechar o assunto por hoje.
Vamos por partes no conceito de sustentabilidade:
a)    O sistema tem capacidade para satisfazer hoje todas as necessidades humanas? Depende do entendimento do que vem a ser “necessidade”. Se necessidade for consumir o necessário para que o cidadão viva bem, com conforto e sem excessos e que aqueles que possuam riquezas de forma quase surreal também se comprometam a serem comedidos no consumo. A resposta é um sonoro e gigante SIM.
b)    Como vivemos a era do individualismo e do consumo exagerado então infelizmente NÃO temos como satisfazer todas as necessidades dos indivíduos, haja vista que alguns poucos privilegiados não querem abrir mão de exageros em beneficio do bem comum.
c)    O desenvolvimento tecnológico possibilitou o aumento da capacidade de produzir mercadorias, energias, dentre outras facilidades de forma transnacional, porém com um alto custo para grande parte da sociedade e para o meio ambiente, o que presenciamos é um desenvolvimento “insustentável”.
d)     Não há percepção de compromisso por parte das grandes corporações e dos governos nem com as gerações “presentes” que dirá com as gerações “futuras”. São empresas burlando regras e ou leis ambientais (Casos como o da Volkswagen e de Mariana), com a ajuda de sistemas “inteligentes” e de funcionários públicos e políticos.
Estamos ferrados!!!!! “Nem” precisamos esmiuçar o significado de desenvolvimento para deduzir que “desenvolvimento” nesse contexto não combina com “sustentável”... Estamos perdidos, como encontrar a saída desse beco?
Urgentemente precisamos de “ENVOLVIMENTO”. Com o objetivo de desconstruir o discurso habilmente construído pelos detentores do capital financeiro e amplamente divulgado por boa parte da mídia comprada e sacramentada pelos nossos governos (quer sejam eles de direita ou de esquerda) com a intenção de nos enganar. Convido a todos os leitores a se “envolver”.
Para terminar o artigo cito 2 exemplos de discursos que precisamos descontruir e atitudes que precisaremos incorporar para tentar alterar o curso dos acontecimentos: o primeiro diz respeito ao consumo de água que o governo exige do cidadão comum que ele economize água, pois afinal somos “gastões” e nem um mísero discurso a respeito dos “vilões” no consumo da mesma, a saber, a agricultura responsável por consumir 70% da água, outros 20% são consumidos pelas empresas e governos e pasmem apenas 10% do consumo é gasto pela sociedade, todos podem ajudar, é certo que desperdiçamos água, mas estamos longe de ser o Curinga da historinha do Batman. Temos outro problema colocado à nossa revelia e que pouco nos importamos a saber: os famosos “créditos de carbono” – são certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que comprovadamente reduziu a emissão de gases de efeito estufa mais conhecidos como GEE – e eureca esses certificados podem ser negociados no mercado internacional e os países ricos ou em desenvolvimento podem comprar e vender uma permissão para emitir o GEE, no meu entendimento é o grande capital ditando as regras e se beneficiando com as emissões, pois a produção de bens materiais vem sendo transferida para os países periféricos que por conta das regras vão precisar comprar créditos de carbono para poderem poluir o meio ambiente de maneira legalizada, os países pobres vão pagar para produzir as mercadorias nas empresas transnacionais transferidas para os países subdesenvolvidos.
Salve a internet e as redes sociais que realmente democratizaram a comunicação e aqui estou a dar os meus “pitacos” \o/.

Um comentário:

Anônimo disse...

por favor alguém já respondeu as questões da atividade praticas formativas interdiciplinares 2, webquest 2 ?